Hoje é dia a Lua que está em sua casa, o Caranguejo. Domicílio é o lugar do zodíaco onde o planeta se sente à vontade, onde exerce mais plenamente as suas atribuições e habilidades. Uma das principais palavras da Lua é “conexão”. É ela quem conecta o mundo às outras esferas e também as esferas entre si. É ela quem leva recados de um a outro ponto do céu. Ligeira, 13 graus por dia, faz em menos de um mês o que o que Saturno leva 29 anos. Por analogia, a Lua é, em nós, aquilo que nos conecta aos outros, emocionalmente, mas também racionalmente, já que na antiguidade esses dois assuntos não eram separados como hoje nos parece. Lua é esfera que jubila, sente grande alegria, na casa 3, a dos irmãos, primos e vizinhos. Casa da rua, da feira, das viagens por terra, as cartas, correspondências, palavras, conexões. Casa dos nossos primeiros aliados. Aqueles que temos ao alcance das mãos. A Lua é a mãe porque é a nossa mãe que nos conecta à vida, é com ela que tecemos nosso primeiro vínculo, é esse vínculo que nos mantém vivos. E se fala do nosso acontecimento na terra, a Lua versa também sobre a origem, o princípio de tudo, a memória. Conexões que já fizemos e que nos são constitutivas. A mãe que nos habita. Dizer que a Lua está domiciliada é isso. Lua exercendo plenamente seus atributos. Estamos conectados afetivamente e psicologicamente uns aos outros. Temos clareza dos nossos sentimentos e pensamentos. Somos como mães férteis e capazes de dar até o que não temos. A Lua no Caranguejo é uma dádiva. É uma capacidade. É uma potência. Do Caranguejo, a Lua está no segundo signo a partir dos Gêmeos. A segunda casa são sempre os recursos da primeira. Tendo o Sol e a Lunação como referência, a Lua no Caranguejo até a madrugada de quarta feira representará nossos recursos, nossas ferramentas, aquilo que mantém nosso corpo vivo. Imagina ter ferramentas emocionais pra acolher a nós mesmos e também para nos relacionar com os outros em tempos como os de hoje? A Lua faz trígono com Marte, que é dono de todas as ferramentas. Fique em casa. Cuide dos seus. Saiba reconhecer a dádiva do afeto, de saber acolher e de saber se deixar acolher. Amor não é fraqueza, é sorte.