“A tradição conta que Hera, vendo que Hércules estava prestes a vencer o monstro, deu ao Caranguejo a missão de distrair o herói. O plano não surtiu efeito e, depois de pinçado, Hércules acabou por esmagar o crustáceo que, no fim das contas, foi imortalizado no céu com um lugar que Hera lhe cedeu como mérito por sua bravura.
A estrela que narra nos céus essa história do Caranguejo chama-se Acubens e recebe a visita da Lua lá pelos 15 graus do Leão. O trânsito deve fazer emergir alguma temática canceriana, alguma pinçada de memória, sensação ou sentimento. Estrela saturnina que é, quem sabe uma mágoa ou melancolia.
Acubens também versa sobre o proceder e as armas do Caranguejo no olho do furacão. De tamanho ínfimo perto dos gigantes, o Caranguejo silenciosamente garrou o pé de Hércules com força capaz de lhe amputar o membro em uma questão tempo, porque obstinação era o que não faltava.
Pinça, garra, obstinação, força, silêncio, sentimento e memória. É disso que se trata.
O Caranguejo tem um lado. É signo que exalta Júpiter, o Juiz. Júpiter que se exila em Gêmeos, porque Gêmeos não tem um lado, tem no mínimo dois. E a justiça é cega, mas tem lado.
Além do mais “você só olha da esquerda pra direita, o Estado de esmaga de cima pra baixo” e o Caranguejo olha a batalha de baixo pra cima.
Tivesse o Caranguejo vivido pra contar história a descreveria de baixo pra cima, do lado de Hera e da Hidra. Mas nesse caso Hércules não seria o herói.
Quando “sentimos muito”, apesar da dor paralisante, nós, que temos lado, ainda precisamos unir forças pra continuar lutando. O fim é só o começo, a morte é só mais um passo da batalha e quando vimos passamos os últimos dias a disputar verdades, defender memórias e a nossa versão da história. Isso tudo é lição de Acubens.” – o trecho compõe um texto meu sobre a estrela Acubens cujo verbete completo está no site saturnalia.com. .
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